“Segue o teu coração” e “Pensa bem” são talvez as duas expressões indiretamente mais proporcionais que um dia poderemos ouvir – ou que já ouvimos certamente, e pelo menos, uma dezena de vezes. Normalmente, e independentemente dos danos colaterais, sigo sempre a primeira. Li também no outro dia que é o coração que bate por mim todos os dias, e não o cérebro, e então ainda mais vincada ficou a minha opção, apesar de já ter ouvido dizer que quem comanda o corpo é o cérebro e não o coração. Para mim…balelas!
Passando à verdade científica da “coisa”, sabia que a expressão “coração partido” é de facto correspondente ao síndroma do mesmo nome, também conhecido como Tako-Tsubo, um problema cardíaco que acontece quando qualquer indivíduo sofre uma emoção negativa muito forte, como, por exemplo, o fim do casamento ou o rompimento de um namoro, a descoberta de uma traição, um acidente, a perda de um posto de trabalho, a descoberta de uma doença grave ou a perda de um ente querido?
Acredita-se que excesso de adrenalina produzido por qualquer uma destas emoções, tragicamente fortes e demasiado repentinas, origina um mau funcionamento do coração e a dor é tão forte que “sentimos” o coração a “partir”.
Segundo os profissionais de saúde, este síndroma tem sintomas parecidos e pode ser confundido com um enfarte do miocárdio. A pessoa sente uma forte dor no peito, a respiração fica ofegante e curta, os suores frios começam e a pessoa empalidece. As enzimas cardíacas elevam-se e, se for feito um eletrocardiograma nesta altura, os batimentos e frequências cardíacas sofrem alterações.
É certo e sabido que todos e cada um de nós tem mais queda para o drama, e uns são mais coração e outros cabeça, mas não será de estranhar um dia dar por si de coração partido. Um bom amigo meu dizia-me há uns bons anos para, mesmo assim, não me preocupar muito, pois onde fica a cicatriz o coração fica mais forte e, por aí, será mais difícil de partir outra vez. Entretanto, é melhor estar atento, não aos sintomas, mas a todas as pessoas que o/a rodeiam. Há alguns casos que se conseguem evitar! Uma espécie de fumar mata, mas sem cigarros.
Fonte:http: moodmagazine.pt