O ritmo da vida moderna é acelerado. Tudo acontece com muita rapidez e intensidade, somos demandados a viver, a pensar e também a sentir na mesma frequência em que consumimos. Todas as coisas prometem prazer imediato, mas sempre sobra um vazio. E o pior é que é esse modo de vida que estamos ensinando as futuras gerações.
Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva, com índices de suicídio tão elevados.
O excesso de estímulos, sejam presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso de TV, faz com que nossos filhos percam as habilidades sociais e emocionais importantes como: se colocar no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade, ter consciência crítica e desenvolver a concentração, o altruísmo e generosidade.
Precisamos ensinar nossos filhos a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer, pois viciamos nossos filhos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer e o resultado disso é que os transformamos em crianças e adolescentes intolerantes e superficiais.
Criança tem que ter infância, precisa criar brincadeiras, desenvolver a criatividade. É preciso impor limites ao tempo que os filhos passam em frente às telas, pois se não colocar um limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos.
É preciso lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências, a se aventurar, a ter contato com a natureza, incentiva-las com estímulos lentos, estáveis e profundos que não são rápidos como as redes sociais.