Depois de vários anos de lutas e conquistas femininas, a mulher tem uma agenda atribulada e cheia de atividades. Ela divide seu tempo entre ser mãe, dona de casa, esposa, profissional e ainda não pode descuidar da beleza. Deve estar sempre linda, ter um corpo escultural e estampar um belo sorriso no rosto. Mas não é tão simples como alguns imaginam e este acúmulo de funções tem gerado insatisfação, frustração e até um sentimento de culpa. A chamada “síndrome da supermulher” está mais evidente do que nunca.
A grande questão é tentar equilibrar as atividades ou se dedicar àquela que traz mais satisfação. A mulher deve escolher o papel em que melhor se encaixe. Isso quer dizer que eu não preciso abraçar o mundo e realizar com perfeição tudo aquilo que me foi delegado pela condição de ser mulher. Eu não preciso ser perfeita como mãe, dona de casa, esposa e profissional. Eu posso gostar de trabalhar fora e ser mais feliz tendo uma vida profissional bem sucedida, do que sendo mãe e dona de casa. Temos direito de escolher. Ou, se eu descubro que exercendo a maternidade é que me sinto mais completa, qual é o problema? Você pode inclusive decidir não casar e não ter filhos.
A verdade é que a “ditadura” do que é certo ou errado, leva a mulher a alimentar o sentimento de culpa por não conseguir realizar todas as atividades com perfeição. Quando dedica tempo para o lado profissional, fica preocupada por não dar atenção à casa, ao marido e aos filhos. E escolhendo ser dona de casa é recriminada por não ocupar seu papel de profissional que foi conquistado depois de muitas batalhas.
Mas o importante não é o que os outros pensam! Você deve buscar o equilíbrio e saber, acima de tudo, que escolhas implicam também em renúncias. E abrir mão de certas exigências é muito mais saudável do que tentar dar conta de algo que nos foi imposto. Precisamos entender que podemos optar sim. Não existe uma fórmula certa do que é ser mulher e também não somos perfeitas. Devemos respeitar nossos anseios e inclinações e ter a consciência de que tudo aquilo que é feito sem culpa e com dedicação traz bons resultados.
A síndrome da “supermulher”
Publicado por Sheila Rigler