As mulheres da terceira idade nunca estiveram com uma vida tão ativa como nos dias de hoje. São avós, bisavós, que viajam, passeiam, vão ao cinema, à aulas de dança, praticam esportes e tem uma vida sexual ativa.
De acordo com a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital da Faculdade de Medicina da USP, 50% a 60% das mulheres brasileiras com mais de 60 anos, tem uma vida social ativa. Essa mudança de comportamento na sexualidade das avós e bisavós, que hoje se consideram jovens aos 70 anos, se deve aos fatores culturais. Segundo a psiquiatra, hoje as mulheres tem mais cuidado com o corpo, fazem reposição hormonal e usam lubrificantes vaginais, o que contribui para uma vida mais saudável e com sexo de mais qualidade.
A sexualidade motiva o amor, a ternura e a intimidade, influência a saúde física e mental e é um comportamento fundamental para a qualidade de vida.
É nesta fase que a sexualidade gira em torno da intimidade, da companhia, da admiração. É quando as pessoas devem investir mais nas caricias, toques, beijos e carinhos durante todo o dia e não apenas na hora da relação sexual.
A capacidade de amar e de se relacionar continuam até o fim da vida e aos que acham que esta idade é assexuada, além de estarem errados, são preconceituosos.